quarta-feira, 1 de junho de 2011

Atividade 3 da Gincana de Genética - Fichamentos

Respostas ao adoecimento: mecanismos de defesa utilizados por mulheres com síndrome de Turner e variantes
CHVATAL, Vera Lúcia Soares; BOTTCHER-LUIZ, Fátima  e  TURATO, Egberto Ribeiro. Respostas ao adoecimentomecanismos de defesa utilizados por mulheres com síndrome de Turner e variantes. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2009, vol.36, n.2, pp. 43-47. ISSN 0101-6083.

"Este artigo trata dos mecanismos de defesa utilizados por mulheres com síndrome de Turner (ST) ou formas variantes para se estruturarem psicologicamente diante das intercorrências da enfermidade. Foi extraído da pesquisa de doutorado realizada no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM)." (p.44)

"A ST e formas variantes estão associadas à monossomia total ou parcial do cromossomo X, cuja incidência atinge uma a cada 2.500 nativivas. As características das recémnascidas portadoras podem ser semelhantes às crianças normais, exceto pelo baixo peso e, eventualmente, pelo linfedema das extremidades." (p.44)

"Na idade adulta, essas mulheres podem apresentar todo o espectro fenotípico da síndrome, como a tireoidite autoimune e anomalias renais e cardíacas, dependendo da extensão e da localização da lesão cromossômica. O perfil hormonal é característico em razão da insuficiência ovariana, acarretando baixos níveis de estrógeno e altos níveis dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante (FSH e LH, respectivamente). A infertilidade apresenta-se na quase absoluta maioria como um quadro irreversível." (p.44)

"Como tratamento, a recomendação principal é a terapia de reposição hormonal (TRH), visando à prevenção de doenças cardiovasculares e da osteoporose. Em alguns centros de estudo, para as pacientes mais jovens, pode-se indicar o uso do hormônio de crescimento (GH) e de estrógeno, como tratamento para a baixa estatura e estruturação de um biótipo feminino não infantilizado." (p.44)

"Nesta pesquisa de corte transversal foi adotado o método clínico-qualitativo, que é uma particularização e um refinamento da metodologia qualitativa e é concebido como um meio científico de conhecer e interpretar as significações psicológicas e psicossociais que as pessoas ligadas aos problemas da saúde dão aos fenômenos do campo da saúde-doença." (p.44)

" Para a interpretação dos dados, utilizou-se a abordagem psicodinâmica, aliada a um quadro eclético de referenciais teóricos para a discussão no espírito da interdisciplinaridade...Para preservação da identidade das mulheres que participaram da pesquisa seus nomes foram substituídos por flores" (p.45)

"No plano psicológico, o desconhecimento sobre a síndrome provoca temores e especulações a respeito de outras correlações, como a doença mental, além de conflitos psicossociais, como dificuldades de relacionamento interpessoal; sentimentos de resignação, raiva, impotência, desvalia e quadros de depressão também foram desvelados. Para lidar com todas essas intercorrências, utilizam-se os mecanismos de negação, repressão, fantasia, anulação, adaptação e sublimação." (p.45)

"As respostas aos problemas criados pela doença constituem-se socialmente e remetem diretamente a um mundo compartilhado de crenças e valores. As formas como as pessoas se colocam perante a doença, conferindo-lhes significados e desenvolvendo modos de lidar com ela, são conceituadas como experiências da enfermidade." (p.46)

"...é importante conhecer o estilo defensivo das mulheres com ST e formas variantes, pois é fundamental para o psicodiagnóstico e para uma adequada formulação terapêutica." (p.47)

Nenhum comentário:

Postar um comentário